sábado, dezembro 03, 2005

olha,há mais do que a lucidez da água batendo nos escombros,
terrífica.

não consigo escrever, a palavra é feita de um peixe azul.
em consenso inútil,
o mar fica-se pelo tempo que me percorre

e a humildade da cinza.

devolvo-te a voz.

mariagomes
dez.2005

2 comentários:

Silvia Chueire disse...

Uma beleza de poema, Maria.

Beijos,
Silvia

Anónimo disse...

beijo grande, amiga, do lado de cá do mesmo mar.

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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