mostra à terra a lonjura que te surpreende.
há nisto tudo uma inquietação como se a morte viesse vestida.
vê pela palavra. a palavra sabe o que é amar
e no entanto
tenta a solidão das cinzas.
mariagomes
30agosto2005
"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
terça-feira, agosto 30, 2005
domingo, agosto 21, 2005
Daniel Faria
"Socorre-me, devolve-me a leveza
Da tão primeira nuvem que avistares."
Daniel Faria
in" Explicação das Árvores e de outros animais"
edição Fundação Manuel Leão
pág.58
sábado, agosto 13, 2005
existir
@fotografia de Fernando Costa ( Maputo), "Kruger National Park, S.A."
pela idêntica razão de existir
os pássaros caminham sobre a voz dos búzios.
mariagomes
agosto.2005
de um sopro
fotografia de Fernando Costa ( Maputo) " Kruger National Park, S.A."
as naus entardecem de um sopro ébrio.
e eu sonho, órfã,
com o pão da seriedade,
com a luz do sol que conforta
e se afunda convalescente.
encontrarei a paz neste tumulto
a esvair-se
por um ministério.
mariagomes
agosto.2005
sexta-feira, agosto 12, 2005
é feio receber e não retribuir!
No último post esqueci-me de deixar o meu beijinho de agradecimento ao meu irmão de Maputo, Fernando Costa, pela fotografia. Ou pelas fotografias, porque ele enviou, quase, um album. Irei seleccioná-las e publicá-las, são belíssimas e falam de África.
Muito obrigada, pelo brilho que vieste dar à Romã.
mariagomes
No último post esqueci-me de deixar o meu beijinho de agradecimento ao meu irmão de Maputo, Fernando Costa, pela fotografia. Ou pelas fotografias, porque ele enviou, quase, um album. Irei seleccioná-las e publicá-las, são belíssimas e falam de África.
Muito obrigada, pelo brilho que vieste dar à Romã.
mariagomes
quarta-feira, agosto 10, 2005
com amor
com amor deram-me o sol.
em jorro,
a viagem que ilibava a janela.
era o crepúsculo,
alterno à capela, de um riso fundo.
mariagomes
agosto.2005
terça-feira, agosto 09, 2005
A poesia... de Torquato da Luz
A poesia não é um código secreto
acessível apenas a alguns
nem uma sucessão de palavras
ininteligível pelo próprio autor.
A poesia é uma tentativa
de entender a vida.
(2005)
Torquato da Luz
segunda-feira, agosto 08, 2005
a dor antiga
ardem-me as mãos;
voltou a dor antiga, a que definia a fronteira.
sei que trago a pétala que se estiola,
ponta a ponta,
e que a poesia padece.
converto-me numa frente,
arquejante,
como a vela que, em junho, acendeste a nossa senhora.
era, ainda, a infância.
eu morria, matinal, só com a minha sede,
perseguindo a paz de abraçar vendavais.
ardem-me as mãos, mãe!
mariagomes
agosto.2005
voltou a dor antiga, a que definia a fronteira.
sei que trago a pétala que se estiola,
ponta a ponta,
e que a poesia padece.
converto-me numa frente,
arquejante,
como a vela que, em junho, acendeste a nossa senhora.
era, ainda, a infância.
eu morria, matinal, só com a minha sede,
perseguindo a paz de abraçar vendavais.
ardem-me as mãos, mãe!
mariagomes
agosto.2005
domingo, agosto 07, 2005
Silêncio Que Estão Dormindo Os Lagos E As Açucenas
Adeus Ibrahim...
"Hoy siento gran emoción
Voy a cantarle a mi tierra
A esa famosa región
llamada "perla sureña"
...
"Cienfuegos, yo a ti te llevo
metido en mi corazón, "
...
Ibrahim Ferrer
excerto de "Cienfuegos, Tiene Su Guaguancóby "
"Hoy siento gran emoción
Voy a cantarle a mi tierra
A esa famosa región
llamada "perla sureña"
...
"Cienfuegos, yo a ti te llevo
metido en mi corazón, "
...
Ibrahim Ferrer
excerto de "Cienfuegos, Tiene Su Guaguancóby "
quando as gaivotas cantam
quando as gaivotas cantam
o dorso, a um céu aberto
tu perguntas: acendem-se ofertas?
abrigo os braços
num grito insondável
no azul
no teu sexo
quando as gaivotas cantam
é como se nada mais houvesse.
mariagomes
agosto.2005
o dorso, a um céu aberto
tu perguntas: acendem-se ofertas?
abrigo os braços
num grito insondável
no azul
no teu sexo
quando as gaivotas cantam
é como se nada mais houvesse.
mariagomes
agosto.2005
sexta-feira, agosto 05, 2005
Meu Deus, o que foi que nós fizémos?
...
"Meu Deus, o que foi que nós fizemos?"
'Eram 8h 16min 8s. do dia 6 de agosto de 1945. A interrogação foi a primeira reação de um dos tripulantes do Enola Gay, após presenciar a devastação produzida pela primeira bomba atômica jogada sobre uma cidade povoada.Enola Gay foi o nome dado ao avião norte-americano B-29 pelo seu comandante em homenagem à própria mãe. A cidade era Hiroxima, no Japão, que desapareceu em baixo de uma nuvem em forma de cogumelo. As notícias sobre a cidade eram desencontradas, e ninguém sabia exatamente o que ocorrera. No dia 9 outra bomba atômica foi lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os norte-americanos haviam treinado durante meses uma esquadrilha de B-29 para um ataque especial. Nos aviões, quase ninguém sabia o que transportava.Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroxima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos no contexto do término da Segunda Guerra Mundial.'
....
quinta-feira, agosto 04, 2005
quarta-feira, agosto 03, 2005
a mesa posta
diz em que país flutua a mesa posta.
a primavera é pequena, imóvel.
nasce para sul à natureza,
espessa,
para uma pausa.
diz que palavras irrompem de catedrais,
porque a arte é autobiográfica
confessa a dualidade do rio onde mergulham facas e beleza.
mariagomes
agosto.2005
a primavera é pequena, imóvel.
nasce para sul à natureza,
espessa,
para uma pausa.
diz que palavras irrompem de catedrais,
porque a arte é autobiográfica
confessa a dualidade do rio onde mergulham facas e beleza.
mariagomes
agosto.2005
terça-feira, agosto 02, 2005
DESCRIÇÃO DE POETA
"O poema é o acto social de uma pessoa solitária".
William Butler Yeats ( 1865-1939)
corpo a corpo
perco as pérolas e o encarnado pede-me o que não tenho.
o sol do regresso a sombra acocorada
o princípio subversivo da chuva
e as minhas mãos que se cravaram no nada.
corpo a corpo arranco os espelhos que ficaram à espera.
mariagomes
agosto.2005
o sol do regresso a sombra acocorada
o princípio subversivo da chuva
e as minhas mãos que se cravaram no nada.
corpo a corpo arranco os espelhos que ficaram à espera.
mariagomes
agosto.2005
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2005
(272)
-
▼
agosto
(19)
- inquietação
- Daniel Faria
- existir
- de um sopro
- é feio receber e não retribuir! No último post esq...
- Kruger National Park, África do Sul
- com amor
- A poesia... de Torquato da Luz
- a dor antiga
- Silêncio Que Estão Dormindo Os Lagos E As Açucenas
- quando as gaivotas cantam
- O sol do incêndio
- o que andamos a fazer?
- Meu Deus, o que foi que nós fizémos?
- Sem título
- por favor, dá-me uma lei, uma flor nas avenidas de...
- a mesa posta
- DESCRIÇÃO DE POETA
- corpo a corpo
-
▼
agosto
(19)
Acerca de mim
- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
Links
- A arquitectura das palavras
- a luz do voo
- A Palavra e o Canto
- A Teia de Aranha
- aguarelas de Turner
- ALI_SE
- Amazonic Haijin
- amoralva
- Angola, Debates & Ideias
- Ao Longe os Barcos de Flores
- ArteLetras
- Assimetria Do Perfeito
- Associação José Afonso
- Bar do Bardo
- canto.chão
- Casa Museu João de Deus
- Casulo Temporário
- Coisas do Chico
- Coisas para fazer com palavras
- Colóquio Letras
- Contra a Indiferença
- Daniel Faria
- dias felizes
- Diário Poético
- Do Inatingível e outros Cosmos
- emedemar
- Escrevinhamentos
- Estrela da Madrugada
- Eu,X.Z.
- Extensa Madrugada, Mãos Vazias
- Fundação Eugénio de Andrade
- Harmonia do Mundo
- InfinitoMutante
- Inscrições
- Inscrições
- Jornal de Poesia
- José Afonso
- josé saramago
- Linha de Cabotagem III
- Local & Blogal
- Luiz Carlos de Carvalho
- meia-noite todo dia
- Nas horas e horas meias
- nas margens da poesia
- naturezaviva
- No Centro do Arco
- O Arco E A Lira
- O mar atinge-nos
- O pó da Escrita
- Odisseus
- Ofício Diário
- Ombembwa Angola
- ParadoXos
- Poema Dia
- POEMARGENS
- Poesia de Vieira Calado
- Poesia Dos Dias úteis
- Poesia Sim
- Poeta Salutor
- Poetas del Mundo
- Revista Agulha
- Rolando Revagliatti
- Rosangela_Aliberti
- Sambaquis
- Stalingrado III
- Sulmoura
- TriploV
- tábua de marés
- Umbigo do Sonho
- Vá andando
- Xavier Zarco