sexta-feira, novembro 26, 2010

segunda-feira, novembro 15, 2010


Secreto é o dialecto das enseadas
seu som circundante
e as luas, e este amor ao sol e às areias nuas,
secreta é a pátria que segue ajoelhada
e as mãos que trazes no rosto

oh meu irmão
secreto é o perfume da água!


mariagomes
22 set,2010

domingo, agosto 22, 2010

...74 anos se passaram desde a sua morte. Foi assassinado num dia de Agosto de 1936 porque ele " seria mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".



domingo, julho 11, 2010

'Não impeças a música. Que música? Antes de mais, a deste concerto que é a vida humana, onde temos obrigatoriamente de ocupar o nosso lugar, pequeno ou grande. Não somos cigarras que gritam perdidamente nos ramos de pinheiro em longo dia de Verão. Devemos estar atentos ao que se passa à nossa volta: uma boa parte do nosso destino depende da sensibilidade do nosso ouvido, da qualidade da nossa inteligência e do virtuosismo dos nossos reflexos.'

Paul Claudel
(n. Villeneuve-sur-Fère-en-Tardenois 1868; m. Paris 1955)



sábado, maio 15, 2010

quarta-feira, maio 05, 2010


"As artes são o mais seguro meio de se esconder do mundo e são também o meio mais seguro de se unir a ele."
Franz Liszt

(n. Raiding 1811; m. Bayreuth 1886)






terça-feira, abril 27, 2010

ouvindo o verbo


Cravai, amigos,
abismos de espuma no meu peito,
numa embriaguez sem remédio.

Ide ao eco das algas,
ao labirinto dos ventos,
a janelas árduas, e
serenamente, afagai as trevas,
os sonhos leves,
vulcânicos,
porque me perdi, ouvindo
o verbo que atravessa a morte como um anjo vívido.

mariagomes
Abril, 2010


quinta-feira, abril 22, 2010

"Esta canção foi originalmente composta como um hino religioso por Enoch Sontonga, professor da missão metodista em Johannesburg, de etnia xhosa, em 1897. Em 1927 versos foram adicionados por Samuel E. Mqhayi, de etnia sesoto. Vista como um hino da luta contra o regime de segregação racial (apartheid), chegou a ser proibido sua execuçãopública por "exacerbar o nacionalismo bantu" indo contra a política oficial de desunir as tribos para dominá-las. Propositadamente cantada de modo tradicional e nas três línguas mais faladas pelos sul-africanos negros, se tornou a música símbolo da luta contra o racismo africano. É hoje parte do hino nacional da África do Sul e desde 1925 é hino do Congresso Nacional Africano."

quarta-feira, março 10, 2010

Photobucket


fotografia de mariagomes



Não basta estender as mãos vazias para o corpo mutilado,
acariciar-lhe os cabelos e dizer: Bom dia, meu Amor. Parto
amanhã.

Não basta depor nos lábios inventados a frescura de um beijo
doce e leve e dizer: Fecharam-nos as portas. Mas espera

Não basta amar a superfície cómoda, ritual, exacta
nos contornos a que a mão se afeiçoa e dizer: A morte é o caminho.

Não basta olhar a Amante como um crime ou uma injúria e
apesar disso murmurar: Somos dois e exigimos.
Não basta encher de sonhos a mala de viagem, colocar-lhe as
etiquetas e afirmar: Procuro o esquecimento.

Não basta escutar, no silêncio da noite, a estranha voz distante,
entre ruídos de música e interferências aladas.

Não basta ser feliz.

Não basta a Primavera.

Não basta a solidão.


Daniel Filipe

in A invenção do amor e outros poemas,
Presença, colecção Forma, n.º1, 8.ª edição, 1994, pp. 43-44.


Entrevista a Roberto Fernandez Retamar

[...]

"Muchos piensan, apocalípticamente, que la poesía va a desaparecer, pues yo creo todo lo contrario, la poesía es cada vez más necesaria para el ser humano. Los poetas surgen por necesidad orgánica de la humanidad.

[...]


Roberto Fernandez Retamar

sábado, março 06, 2010

quinta-feira, fevereiro 25, 2010




"... le poéte est hors du langage, il voits les mots à l’envers, comme s’il n’appartenait pas à la conditions humaine et que, venant vers les homes, il recontrât d’abord la parole comme une barrier” Jean Paul Sartre


"… o poeta está fora da língua, vê as palavras ao contrário, como se não pertencesse à condição humana e, chegando junto dos homens, começasse por encontrar a palavra como uma barreira”

Jean Paul Sartre


trad. Alberto Pimenta
in " O silêncio dos Poetas"
Livros Cotovia


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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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