quarta-feira, novembro 30, 2011




Abandonamos a memória das manhãs,
construímos crepúsculos de silêncio e de medo.

Na lisura das mãos, sobre ilhas,
sabendo que não há caminho para o amor
e para a raiva,
abandonamos o amor.

Testemunhamos a penumbra, o espanto,
abandonamos o corpo,
inarráveis.



mariagomes
nov,2011

segunda-feira, novembro 28, 2011


Não sei porque me caem as lágrimas!

Nenhum luar rompeu, na noite, a ondulação,
nenhum pássaro colheu o âmago da madrugada,
em nenhum poema se escreveu a ilusão do novo.

Rente ao tempo das límpidas tulipas,
como chamar-te se o teu nome não pode ser escrito,
sem o encanto do poente e do mundo,
sem o destino do olhar e da sede...

Não sei porque me caem as lágrimas!


mariagomes
nov, 2011

domingo, novembro 27, 2011

terça-feira, novembro 22, 2011

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[fotografia de mariagomes]

segunda-feira, novembro 21, 2011



Beethoven ouve-se nesta manhã, onde entras,
entregas o sol aos pássaros,
escreves o mais belo poema de amor _____



mariagomes
21,Nov 2011

sábado, novembro 19, 2011

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[ fotografia de mariagomes]

terça-feira, novembro 15, 2011


na tua boca, amor, a sede cresce conquistando a noite
na erosão dos nomes, na nudez das veias
e o fogo impõe-se ao pranto mortal
ao coração

na tua boca, o branco,
o branco através de tudo, amor,
através da alegria das árvores,
do vento
das superfícies ébrias,
das coisas
de um esplendor mais alto.

na tua boca, em repouso, amor,  as searas,
as obsessivas searas,
e o mar sempre novo.





______________mariagomes
nov, 2011

sábado, novembro 12, 2011


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[fotografia de mariagomes]

sexta-feira, novembro 11, 2011

terça-feira, novembro 08, 2011





"Ninguém alguma vez escreveu ou pintou, esculpiu, modelou, construiu ou inventou senão para sair do inferno."


______________Antonin Artaud

(fonte - Van Gogh, o Suicidado da Sociedade)


sexta-feira, novembro 04, 2011




Escrevo o teu nome;
Sei de cor os lagos que, sossegadamente, incidem sobre o infinito.
É como se andasse o sol do outono,
é a hora do invisível.
Concentro-me na sequiosa cópia de um sonho.
Imensa dor que me pede um deserto escrito por outros caminhos.

_______________mariagomes
nov, 2011

quarta-feira, novembro 02, 2011



Lembrei-me do poema de Drummond  intitulado "José", olhando para a delicada conjuntura política da Europa :


E agora MerkelSarkozi?
se os gregos sumirem
a noite esfriou
a festa acabou?


E agora MerkelSarkozi?
vossas doces palavras
vossa gula e jejum
vossa lavra de ouro?


Com a chave na mão
vocês querem abrir a porta
mas não existe porta...



Sozinhos no escuro
quais bichos do mato
sem teogonia
sem parede nua para se encostarem
sem cavalo que fuja a galope
vocês marcham MerkelSarkozi?
Para onde?

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Acerca de mim

A minha foto
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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