"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
sexta-feira, novembro 24, 2006
no limo da linguagem
Sim, o desacerto é a extensão do meu peito e eu procuro-te
no limo da linguagem
tão fria
tão imersa
É nesta música que cego movendo-me uma réstia
para depois me levar a migração
à flor do fosso
onde tudo recomeça
Estás a ouvir-me
numa dissoluta vontade eu sou a secura
eu estou na tarde da rosa-dos-ventos
eu sou um enlouquecido movimento
encontrarei o sal das amoras os meus dedos atrás da morte
na imperceptível morte de agora.
mariagomes
24.nov.2006
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- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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2 comentários:
escreve-se,
aqui escreve-se
Não sei comentar quando algo me toca como este poema o fez. Um beijo, Maria.
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