domingo, outubro 30, 2011

Nunca mais a morte crescendo como uma aurora viva.

Nunca mais a falésia à hora do crepúsculo,
o mistério de um planeta íntimo, irredutível.

Nunca mais a exactidão do odor, o azul,
nem a cúpula ou o tumulto do deserto.

Nunca mais a terra, a espera, o reino dos teus lábios,
ou o prodígio das tuas mãos na transparente onda
que respira.

Nunca mais o limbo, a luz e o esplendor,
nem o rio, a raiva ou o amor...

Nunca mais a lágrima
nos dedos divinos, marítimos da canção distante,
e os sinos,
oh os sinos!..



___________________mariagomes

out, 2011
Entreguei o coração à nudez do brilho mortal das aves;
mergulho, agora, na clareira, na sua voz inatingível.
Depois da morte procuro a pureza que se prolonga na memória,
como um corpo que voou de mim.

Oh condição terrena, oh rota do pensamento, vejo, nitidamente
o mamilo solar que cicia a paisagem!...
O mar bramindo imana o olhar da eternidade.



___________________mariagomes

Out, 2011
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas.
Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores,
são lúcidos ao início do sol.
Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços
a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana.

Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move,
entre mim e ti, e a claridade.



_______________________mariagomes
 outubro de 2011

quarta-feira, outubro 19, 2011

"Perhaps all the dragons of our lives are princesses who are only waiting to see us once beautiful and brave. Perhaps everything terrible is, in its deepest being, something helpless that wants help from us.”


_____ Rainer Maria Rilke

segunda-feira, outubro 17, 2011

tu és a paz de um jardim puro, o olhar que se acende ao ritmo do mar;
tu és a palavra que irriga a harmonia do azul, a respiração, seu jogo de luzes;
tu és a primavera destes lábios, a floração, o bater das asas na noite,
na doce voz da noite que se escuta a tecer as lágrimas.



________ mariagomes

benguela, 17 de Out, 2011
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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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