terça-feira, fevereiro 27, 2007


não posso, meu amor, sair de mim.
a minha encomenda é esta, açular o fogo,
saber de deus
e no fim,
ter a imensidão triste que me abre
ao cardo,
à pele das açucenas, a cegueira plena das manhãs.

mariagomes
fev.2007

3 comentários:

Poesia Portuguesa disse...

E porque o amor é algo que se sente, que se entranha no corpo e no coração...
Tão sensível...

Um abraço carinhoso ;)

Páginas Soltas disse...

O amor é algo que desconhecemos...é uma dor que não se sente...é uma dor que corrompoi a gente...

Adorei!

Beijinhos da
Maria

Anónimo disse...

"saber de deus
e no fim,
ter a imensidão triste..."

deus? qual deus esse?

antes o homem
sem ilusões misticas ou outras
com sua d-imensidão renovada
em sentimentos simples
de que se cogita
deseja inventa
vive...

antes "nós"...

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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