domingo, março 25, 2007



de onde te escrevo, resignam-se as árvores
as inextinguíveis árvores que ouvíamos rezar
e o sol sem ninguém, a sombra híbrida, a vida…
é por isso que eu ando por dentro do coração das coisas, mãe.


mariagomes
março.07


terça-feira, março 06, 2007


e tudo é pouco
o mar
a percepção do horizonte que foi teu e
concedeu à terra a cinza
para que uma outra primavera haja nas flores do âmago
na água cristalina.

mariagomes
março.2007
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Acerca de mim

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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