"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quinta-feira, agosto 21, 2008
conservo ainda a palavra que fende o outono,
a que lava a margem
e regressa a este difícil tempo de amar.
habitando o destino do teu círculo insurrecto,
velo incessantemente a noite.
quando o sol nascer,
levarei o amor ao sepulcro inviolado
das aves;
ao eco, o fogo pátrio,
o silêncio arauto da matriz das tempestades.
nada nos foi prometido, nem um olvido.
a palavra é o fragor de um dia sem porto
nem pôr do sol.
dá-me o estro,
uma branca toalha
espargindo o esplendor, o sal, a âncora…
deve haver um caminho para o mar.
mariagomes
agosto.08
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- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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3 comentários:
há sempre um caminho para o mar
e o mar fende as constelações
e o espaço entre elas.
magnífico poema, amiga.
beijinhos
jorge
Entrei aqui...uma vasta sensação de paz me dominou.
D.
Olá, gostei do seu Blog, ao qual aoprtei qdo a alma obrigava os olhos encontrar nutrientes na poesia lusófona. Gostei!E convido-lhe, desde já, te a visitar e ajudar o meu Blog a crescer também: www.angodebates.blogspot.com
Abraços
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