domingo, fevereiro 13, 2011


Depois a pátria, o que ainda cultivamos,
o que se prende
e nos impele ao espanto...

Tudo isso, meu amor, é o nosso rosto,
nossos olhos invernais,
nossas veias desventradas como estátuas.



mariagomes
fev/ 2011


Haverá uma mariposa em teus lábios,
e o canto será longo como a cabeleira das casuarinas.
Na madrugada lisa de teu corpo arado
irás por um caminho de água
buscar o sol do outro lado!



mariagomes
fev, 2011

terça-feira, fevereiro 01, 2011


quando vejo o mar há uma várzea que secretamente se descobre
que dança e morre nesta luz
traço ou nuvem trigo ou lua
doce e triste
quando vejo o mar há uma música como um vale de silêncio
e lágrimas.

mariagomes
janeiro 2010

quarta-feira, janeiro 26, 2011

o mar é o meu umbigo o lugar do amor a única manhã.


mariagomes
26/ 01/ 2010

segunda-feira, janeiro 24, 2011

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fotografia de mariagomes

sábado, janeiro 22, 2011


(...) A mente é o homem, e o conhecimento é a mente; um homem é apenas aquilo que ele sabe. (...)

___ Francis Bacon,
n. Londres a 22 de Janeiro de 1561, f. Londres a 9 de Abril de 1626
in O Elogio do Conhecimento

quinta-feira, janeiro 20, 2011


Podes levar meus olhos iluminados de lágrimas.
Transporta, por favor o amor aos rios e aos búzios, à solidão,
à sede construída.
Dá um beijo a minha mãe.
Diz-lhe que estou mais perto da luz, da noite,
mais perto de uma flor com o coração
em sangue,
sobre os flancos chorando.

Podes levar meus olhos iluminados de lágrimas,
eu atingi a dor dos poentes.

mariagomes
janeiro/2011


sexta-feira, novembro 26, 2010

segunda-feira, novembro 15, 2010


Secreto é o dialecto das enseadas
seu som circundante
e as luas, e este amor ao sol e às areias nuas,
secreta é a pátria que segue ajoelhada
e as mãos que trazes no rosto

oh meu irmão
secreto é o perfume da água!


mariagomes
22 set,2010

domingo, agosto 22, 2010

...74 anos se passaram desde a sua morte. Foi assassinado num dia de Agosto de 1936 porque ele " seria mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver".



domingo, julho 11, 2010

'Não impeças a música. Que música? Antes de mais, a deste concerto que é a vida humana, onde temos obrigatoriamente de ocupar o nosso lugar, pequeno ou grande. Não somos cigarras que gritam perdidamente nos ramos de pinheiro em longo dia de Verão. Devemos estar atentos ao que se passa à nossa volta: uma boa parte do nosso destino depende da sensibilidade do nosso ouvido, da qualidade da nossa inteligência e do virtuosismo dos nossos reflexos.'

Paul Claudel
(n. Villeneuve-sur-Fère-en-Tardenois 1868; m. Paris 1955)



sábado, maio 15, 2010

quarta-feira, maio 05, 2010


"As artes são o mais seguro meio de se esconder do mundo e são também o meio mais seguro de se unir a ele."
Franz Liszt

(n. Raiding 1811; m. Bayreuth 1886)






terça-feira, abril 27, 2010

ouvindo o verbo


Cravai, amigos,
abismos de espuma no meu peito,
numa embriaguez sem remédio.

Ide ao eco das algas,
ao labirinto dos ventos,
a janelas árduas, e
serenamente, afagai as trevas,
os sonhos leves,
vulcânicos,
porque me perdi, ouvindo
o verbo que atravessa a morte como um anjo vívido.

mariagomes
Abril, 2010


quinta-feira, abril 22, 2010

"Esta canção foi originalmente composta como um hino religioso por Enoch Sontonga, professor da missão metodista em Johannesburg, de etnia xhosa, em 1897. Em 1927 versos foram adicionados por Samuel E. Mqhayi, de etnia sesoto. Vista como um hino da luta contra o regime de segregação racial (apartheid), chegou a ser proibido sua execuçãopública por "exacerbar o nacionalismo bantu" indo contra a política oficial de desunir as tribos para dominá-las. Propositadamente cantada de modo tradicional e nas três línguas mais faladas pelos sul-africanos negros, se tornou a música símbolo da luta contra o racismo africano. É hoje parte do hino nacional da África do Sul e desde 1925 é hino do Congresso Nacional Africano."

quarta-feira, março 10, 2010

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fotografia de mariagomes



Não basta estender as mãos vazias para o corpo mutilado,
acariciar-lhe os cabelos e dizer: Bom dia, meu Amor. Parto
amanhã.

Não basta depor nos lábios inventados a frescura de um beijo
doce e leve e dizer: Fecharam-nos as portas. Mas espera

Não basta amar a superfície cómoda, ritual, exacta
nos contornos a que a mão se afeiçoa e dizer: A morte é o caminho.

Não basta olhar a Amante como um crime ou uma injúria e
apesar disso murmurar: Somos dois e exigimos.
Não basta encher de sonhos a mala de viagem, colocar-lhe as
etiquetas e afirmar: Procuro o esquecimento.

Não basta escutar, no silêncio da noite, a estranha voz distante,
entre ruídos de música e interferências aladas.

Não basta ser feliz.

Não basta a Primavera.

Não basta a solidão.


Daniel Filipe

in A invenção do amor e outros poemas,
Presença, colecção Forma, n.º1, 8.ª edição, 1994, pp. 43-44.


Entrevista a Roberto Fernandez Retamar

[...]

"Muchos piensan, apocalípticamente, que la poesía va a desaparecer, pues yo creo todo lo contrario, la poesía es cada vez más necesaria para el ser humano. Los poetas surgen por necesidad orgánica de la humanidad.

[...]


Roberto Fernandez Retamar
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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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