domingo, janeiro 15, 2006

a minha alma começa de um templo tatuado.

à sombra começam coisas a tomar forma:
a flor, a seara, a mesa.

numa dicção acesa alimentam-me as aves.

quando eu me for embora
levarei o corpo desprovido de promessas. a alma, não.


mariagomes
15Jan.2006

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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