domingo, janeiro 22, 2006

era uma casa
que elegia a imagem do entendimento como se fosse sua


era um país secreto onde eu te procurava como procurava o peixe
que disseminava a lua


era a infância anelada na palavra casa era um século mais à frente

era a modelação rara da manhã o folgo o ar subido ardente.

mariagomes
22jan.2006

4 comentários:

J.T.Parreira disse...

maria gomes, obrigado por ter visitado o poeta salutor. retribuo com um link. este seu poema não será alheio ao dia de ontem... um dia para o futuro(perdido?)
um abraço
joão

Memória transparente disse...

"...era um país secreto onde eu te procurava como procurava o peixe...
era a modelação rara da manhã o folgo o ar subido ardente."

Gostei muito de ler. Beijinhos.

Anónimo disse...

era um país secreto onde eu te procurava como procurava o peixe
que disseminava a lua


coisa mais bonita, Maria.

um beijo.

r.e. disse...

é tão serena a luz que nos invade quando aqui regressamos. beijinho, maria. J.

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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