sábado, dezembro 09, 2006

" O sage, Dichter..."



Que fazes tu, poeta? Diz! - Eu canto.
Mas o mortal e monstruoso espanto
Como o suportas, como aceitas? - Canto.
E que nome não tem, tu podes tanto
Que o possas nomear, poeta?- Canto.
De onde te vem direito ao Vero, enquanto
Usas de máscaras, roupagens? - Canto.
E o que é violento e o que é silente encanto,
Astros e temporais, como te sabem? - Canto.


Rainer Maria Rilke

Áustria ( 1875-1926)
in " poesia do século XX"
Antologia, tradução, prefácio e notas de Jorge de Sena
edições Asa

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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