quarta-feira, novembro 30, 2011




Abandonamos a memória das manhãs,
construímos crepúsculos de silêncio e de medo.

Na lisura das mãos, sobre ilhas,
sabendo que não há caminho para o amor
e para a raiva,
abandonamos o amor.

Testemunhamos a penumbra, o espanto,
abandonamos o corpo,
inarráveis.



mariagomes
nov,2011

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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