Semeio a brisa, o tempo,
ao crepúsculo, lírios, 
minha mãe,
que vivem no precipício que não finda.
Semeio o que vive e o que não vive.
Sou livre inundando a candura da voz, 
do punho, 
da terra do sangue, e da neve.
Sou livre, numa inquietação, amando a neve,
e os homens, meus irmãos, que partilham o sonho, o vento 
e o trigo.
Sou livre, minha mãe!...
 



