"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
domingo, abril 17, 2005
hoje ou amanhã
hoje ou amanhã, a lareira apagará o gosto.
acerca disso eu hei-de escrever.
poisarão no meu corpo poemas, nitidamente felizes,
sem palavras.
na assimetria de um entardecer uma pátria qualquer,
uma só flor, uma face
ou um traço definir-me-á.
não sei de que horizonte virá o vento.
nem sei tampouco se do mar lançarei a concha
da alegria côncava da criança.
contudo, eu hei-de escrever - o deserto
as dunas as ameaças e as casas próximas.
mariagomes
16abril.2005
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- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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4 comentários:
lindo. J.
"não sei de que horizonte virá o vento"
Mas sabes que ele nunca passará por ti sem te afagar a alma com a esperança. Só os eleitos serão premiados. Tú e eu sabemos isso.
Beijo-te
Há-de escrever sempre, Maria, felzmente para nós!
'poemas, nitidamente felizes,
sem palavras.'
quem me dera escrever um poema feliz assim...
beijo-beijo, amiga,
Márcia
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