sexta-feira, abril 08, 2005

os melros



só eu movi os melros na tempestade
elevei a árvore
dos dedos na poesia profana
celebrei as nuvens
na batuta dos maestros
esquecidas
pelas tômbolas da sorte
e na voz de um poeta que disse
que a morte é uma formosa flor ensandecida
só eu arranhei as guelras
como os cachimbos secos dos velhos
a viver do mar

só eu
e o músculo contaminado de um olhar.

mariagomes
7deabril2005

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Maria. Mais uma vez e ao seu estilo um belo Poema. Temos uma entrevista ao lado uma da outra no site da "Alternância". Voltarei aqui. Beijinhos. Maria do Céu Costa

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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