segunda-feira, agosto 08, 2005

a dor antiga

ardem-me as mãos;
voltou a dor antiga, a que definia a fronteira.
sei que trago a pétala que se estiola,
ponta a ponta,
e que a poesia padece.

converto-me numa frente,
arquejante,
como a vela que, em junho, acendeste a nossa senhora.

era, ainda, a infância.
eu morria, matinal, só com a minha sede,
perseguindo a paz de abraçar vendavais.


ardem-me as mãos, mãe!

mariagomes
agosto.2005

2 comentários:

Alma do Beco disse...

Um beijo,

Márcia

mariagomes disse...

um beijo para as almas do beco :-)

maria

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Acerca de mim

A minha foto
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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