segunda-feira, janeiro 16, 2006

(a maria joão pires, pianista)


dói abrir o silêncio físico da asa
reter a rósea espuma

dói ouvir a mão sangrar seguir tão rente
verter no sangue o limite do mar como um mistério

dói possuir a sério.

mariagomes
16 de jan.2006

6 comentários:

isabel disse...

Muito bonito

Anónimo disse...

certas dores são obrigatórias...como as do parto!
bonito!
beijo carlos p f

Memória transparente disse...

"... dói ouvir a mão sangrar seguir em frente
verter no sangue o limite do mar como um mistério..."
Muito bonito.
Beijinhos.

Silvia Chueire disse...

O piano e o poema aqui são a mesma música.

Beijos,
Silvia

Anónimo disse...

um "arremate" tão lindo quanto doído.
beijos, amei

El

mariagomes disse...

o meu carinho a todos os amigos que por aqui passam.

Maria do céu, hoje dia 22, depois de reler o poema decidi alterar o 3º verso, como pode ver.

um abraço
mariagomes

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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