quinta-feira, novembro 06, 2008


aonde estou quero a renúncia urdida pela água
que deriva dia a dia
quero as sombras perdidas
os afectos
quero os pássaros de coração aberto
e o mar que nunca vi
agrilhoado a meus dedos
onda a onda
o trigo!
-um oloroso trigo que cresce como se possuíssemos o fogo.

mariagomes

nov,2008


6 comentários:

Anónimo disse...

Ah! as tramas do desejo e existência
na manifestação pelo divino.

essência da chama azul ...

Fred Matos disse...

Sempre que te leio é uma aula de poesia.
Beijos

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

um prazer , ler-te....
abraço amigo
___________ JRMarto

Anónimo disse...

"quero os pássaros de coração aberto" versos profundamente lindos

fernanda sal m. disse...

Que prazer lê-la, Maria!
Até respiro fundo com facilidade. Encho os pulmões de ar puro e fresco...
Um beijo, Amiga.

Anónimo disse...

A Maria Gomes

... quer a renúncia...
Como, se a tudo o que nos oferece a poesia se apega e se dá, sem desistir?
Como, se a vemos em cada verso,
em cada palavra,
em cada imagem que nos mostra,
onde se abandona à generosidade da Alma que se eleva assim?

Obrigado por ensinar o mundo.
Sérgio O. Sá

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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