"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quarta-feira, agosto 29, 2007
[...]
Lenha mote
crescê-me
na pulmon sec
De sol a sol
nha osse ê verde
bô osse ê planta
C’ma fruta- pon tambor e tchon
De sol a sol
‘ma gritá Rimbaud ô Maiakosky
larga-me da mon
[...]
Secos os pulmões
neles cresce-me
a lenha do mato
De sol a sol
os meus ossos são verdes
os teus ossos são plantas
Como a fruta-pão o tambor e o chão
De sol a sol
gritei por Rimbaud ou Maiakovsky
deixem-me em paz
Corsino Fortes
in “ A cabeça calva de Deus”, p 39, 39
Publicações Dom Quixote
Corsino Fortes nasceu em 14 Fevereiro de 1933 em Mindelo, Ilha de S. Vicente, Cabo Verde…
quinta-feira, agosto 23, 2007
sexta-feira, agosto 17, 2007
terça-feira, julho 24, 2007
quarta-feira, julho 18, 2007
O Poema
A tarde cai,
silenciosa,
morosa...
Na alma do poeta,
o poema,
estranha rosa
rubra e preta,
abre...
Afinal,
escrever um poema
é fixar uma pena
sentindo estoirar
o calibre
do coração,
nostálgico do éden...
-Vá, poeta,
deixa o coração sangrar!
Para quê negar
a esmola que te pedem?
Saul Dias*
(in 800 anos de poesia portuguesaedição circulo de leitores, 1973)
*Saúl Dias nasceu em 1902 e faleceu em 1983.Saúl Dias é o pseudónimo literário do pintor Júlio Maria dos Reis Pereira, irmão do poeta José Régio. Licenciado em Engenharia Civil pela Universidade do Porto, foi pintor, poeta e desenhista. Colaborou na revista Presença com produções literárias, pinturas e desenhos.
[fotografia de mariagomes]
quarta-feira, julho 04, 2007
sexta-feira, junho 29, 2007
Canto para contar daquele instante/ quando o que mais amamos chega ao fim/ e um belo simulacro delirante/ usurpa-lhe o lugar; quando é assim/ que a arte desfaz da luz agonizante,/ convence a muitos, não comove a mim.
Bruno Tolentino
Bruno Lucio de Carvalho Tolentino , n. Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1940, f. S. Paulo, 27 de Junho 2007
livros publicados:
Anulação e Outros Reparos (São Paulo: Massao Ohno, 1963)
Le Vrai le Vain (Paris: Actuels, 1979)
About the Hunt (Oxford: OPN, 1979)
As Horas de Katharina (São Paulo: Companhia das Letras, 1994)
Os Deuses de Hoje (Rio de Janeiro: Record, 1995)
Os Sapos de Ontem (Rio de Janeiro: Diadorim, 1995)
A Balada do Cárcere (Rio de Janeiro: Topbooks, 1996)
O Mundo como Idéia (São Paulo: Globo, 2002)
A Imitação do Amanhecer (São Paulo: Globo, 2006)
quinta-feira, junho 21, 2007
quarta-feira, junho 13, 2007
Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus.
Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque
nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um
acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas
das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas
iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o único poeta da Natureza.
Dos “ poemas inconjuntos”, Alberto Caeiro
In "poesia de Fernando Pessoa"
Editorial Presença
Introdução e selecção de Adolfo Casais Monteiro
nota , a 13 de junho de 1888 nasce em Lisboa, às 15 horas, Fernando Antônio Nogueira Pessoa... morre em Lisboa, aos 47 anos, a 30 de Novembro de 1935.
domingo, junho 10, 2007
segunda-feira, maio 21, 2007
quarta-feira, maio 09, 2007
“ Sem actividade criadora não há liberdade nem independência. Cada instante de liberdade é preciso construí-lo e defendê-lo como um reduto. Ele representa um estado de esforço alegre e doloroso: alegre porque dá ao homem a consciência do seu valor; e doloroso, porque lhe exige trabalho nos dias de paz e vida nas horas de guerra”
Teixeira da Pascoaes
in Republica ( Porto, 31.1.1929)
Teixeira da Pascoaes
in Republica ( Porto, 31.1.1929)
quinta-feira, maio 03, 2007
quinta-feira, abril 26, 2007
tenho, agora, o meu rosto no sangue,
pugna o mais breve pássaro que aprovou o silêncio.
com a dor que sinto,
como um círio extinto dou-me à terra duradoura,
deflagram os longínquos rios quando o sol se apaga.
outrora, a paisagem era a lisura da espuma,
tecia-lhe os olhos.
vinha à boca o trigo íngreme das marés.
e tudo aquilo era vertiginoso, tranquilo -
uma mulher largava o linho anil
e ele trazia-nos todas as rosas, mãe.
mariagomes
abril, 2007
pugna o mais breve pássaro que aprovou o silêncio.
com a dor que sinto,
como um círio extinto dou-me à terra duradoura,
deflagram os longínquos rios quando o sol se apaga.
outrora, a paisagem era a lisura da espuma,
tecia-lhe os olhos.
vinha à boca o trigo íngreme das marés.
e tudo aquilo era vertiginoso, tranquilo -
uma mulher largava o linho anil
e ele trazia-nos todas as rosas, mãe.
mariagomes
abril, 2007
domingo, março 25, 2007
terça-feira, março 06, 2007
quarta-feira, fevereiro 28, 2007
terça-feira, fevereiro 27, 2007
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- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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