"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quarta-feira, novembro 02, 2011
Lembrei-me do poema de Drummond intitulado "José", olhando para a delicada conjuntura política da Europa :
E agora MerkelSarkozi?
se os gregos sumirem
a noite esfriou
a festa acabou?
E agora MerkelSarkozi?
vossas doces palavras
vossa gula e jejum
vossa lavra de ouro?
Com a chave na mão
vocês querem abrir a porta
mas não existe porta...
Sozinhos no escuro
quais bichos do mato
sem teogonia
sem parede nua para se encostarem
sem cavalo que fuja a galope
vocês marcham MerkelSarkozi?
Para onde?
domingo, outubro 30, 2011
Nunca mais a morte crescendo como uma aurora viva.
Nunca mais a falésia à hora do crepúsculo,
o mistério de um planeta íntimo, irredutível.
Nunca mais a exactidão do odor, o azul,
nem a cúpula ou o tumulto do deserto.
Nunca mais a terra, a espera, o reino dos teus lábios,
ou o prodígio das tuas mãos na transparente onda
que respira.
Nunca mais o limbo, a luz e o esplendor,
nem o rio, a raiva ou o amor...
Nunca mais a lágrima
nos dedos divinos, marítimos da canção distante,
e os sinos,
oh os sinos!..
___________________mariagomes
out, 2011
Nunca mais a falésia à hora do crepúsculo,
o mistério de um planeta íntimo, irredutível.
Nunca mais a exactidão do odor, o azul,
nem a cúpula ou o tumulto do deserto.
Nunca mais a terra, a espera, o reino dos teus lábios,
ou o prodígio das tuas mãos na transparente onda
que respira.
Nunca mais o limbo, a luz e o esplendor,
nem o rio, a raiva ou o amor...
Nunca mais a lágrima
nos dedos divinos, marítimos da canção distante,
e os sinos,
oh os sinos!..
___________________mariagomes
out, 2011
Entreguei o coração à nudez do brilho mortal das aves;
mergulho, agora, na clareira, na sua voz inatingível.
Depois da morte procuro a pureza que se prolonga na memória,
como um corpo que voou de mim.
Oh condição terrena, oh rota do pensamento, vejo, nitidamente
o mamilo solar que cicia a paisagem!...
O mar bramindo imana o olhar da eternidade.
___________________mariagomes
Out, 2011
mergulho, agora, na clareira, na sua voz inatingível.
Depois da morte procuro a pureza que se prolonga na memória,
como um corpo que voou de mim.
Oh condição terrena, oh rota do pensamento, vejo, nitidamente
o mamilo solar que cicia a paisagem!...
O mar bramindo imana o olhar da eternidade.
___________________mariagomes
Out, 2011
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas.
Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores,
são lúcidos ao início do sol.
Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços
a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana.
Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move,
entre mim e ti, e a claridade.
_______________________mariagomes
outubro de 2011
Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores,
são lúcidos ao início do sol.
Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços
a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana.
Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move,
entre mim e ti, e a claridade.
_______________________mariagomes
outubro de 2011
quarta-feira, outubro 19, 2011
segunda-feira, outubro 17, 2011
tu és a paz de um jardim puro, o olhar que se acende ao ritmo do mar;
tu és a palavra que irriga a harmonia do azul, a respiração, seu jogo de luzes;
tu és a primavera destes lábios, a floração, o bater das asas na noite,
na doce voz da noite que se escuta a tecer as lágrimas.
________ mariagomes
benguela, 17 de Out, 2011
tu és a palavra que irriga a harmonia do azul, a respiração, seu jogo de luzes;
tu és a primavera destes lábios, a floração, o bater das asas na noite,
na doce voz da noite que se escuta a tecer as lágrimas.
________ mariagomes
benguela, 17 de Out, 2011
sexta-feira, setembro 30, 2011
sexta-feira, setembro 23, 2011
quero o caminho das fronteiras livres,
numa crepitação única, o sítio das aves,
a alma, o regresso ao mar,
o branco da noite...
quero o que ainda respira, indistinto,
quero uma falésia em flor,
o céu como uma promessa de sangue,
e finalmente, mãe,
as tuas mãos que ascendem às campânulas do amor!
mariagomes
23, Setembro 2011
numa crepitação única, o sítio das aves,
a alma, o regresso ao mar,
o branco da noite...
quero o que ainda respira, indistinto,
quero uma falésia em flor,
o céu como uma promessa de sangue,
e finalmente, mãe,
as tuas mãos que ascendem às campânulas do amor!
mariagomes
23, Setembro 2011
quinta-feira, setembro 15, 2011
segunda-feira, setembro 12, 2011
sábado, setembro 10, 2011
sexta-feira, setembro 09, 2011
quinta-feira, setembro 08, 2011
Arvo Pärt
deixar correr o céu
ser pássaro
abrir a mão à luz das borboletas
ao amor imenso
deixar correr o céu
ser flor e
asa
mariagomes
8 de Setembro de 2011
ser pássaro
abrir a mão à luz das borboletas
ao amor imenso
deixar correr o céu
ser flor e
asa
mariagomes
8 de Setembro de 2011
quinta-feira, julho 28, 2011
terça-feira, junho 28, 2011
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