segunda-feira, setembro 24, 2012




a noite é uma sílaba que canta perante as estrelas de um outono
ferido no meu peito___

_________________mariagomes
set,2012

domingo, setembro 09, 2012


Apressa-te, tenho a primavera nos lábios!
Dispersa no meu coração açucenas
sem o limbo da gélida luz das paisagens.


_____mariagomes
Cª, 8 de Set, de 2012

segunda-feira, agosto 13, 2012


São os lírios  os olhos das paisagens,
a galopante ternura,
o que descende de ti...
deténs o esquecimento das marés,
a lembrança da música,
o céu em brasa...
outra vez a noite e o seu mistério.


________mariagomes

13, Agosto, 2012


Adeus noite limpa,
levo os pássaros porque a terra é virgem,
e o fogo multiplica-se nas minhas mãos espoliadas.
Adeus irmão exilado à mesa da memória...
O sangue é farto, o ar ignóbil,
a minha voz, a erosão infinita.


____________mariagomes

sábado, agosto 04, 2012


Vou ouvir o meu coração bater pela harpa abandonada.
Segui-lo-ei, cegamente, como quem segue a canção de um rio,
seu oiro perdido,
imenso...
Vou entretecer meus dedos na palavra fogo, na palavra água,
vou tocar teu rosto pleno
nesta intempérie!


________________mariagomes
agosto, 2012

segunda-feira, julho 23, 2012

sábado, julho 21, 2012



Sob este céu viajo, porque há um tempo ainda nosso
estrangulando a dor, os beijos e as lágrimas_
ara de vento, lua nascida ao silêncio, à limpidez do amor
e da morte,
como um eco anterior à ternura.

________mariagomes

21 Julho de2012

domingo, julho 01, 2012



há o mar para lavar a voz, meu amor,
o poema, o pasto da emigração,
a linguagem que canta ao lume...
e a imagem que amadurece nos corpos da insurreição.

há o mar, sempre o mar, que canta e cega
e nos entrega à infância, à manhã longínqua.

_______________mariagomes
julh, 2012

domingo, junho 24, 2012



nas mãos de minha mãe, uma papoila...

consumada a noite, meus olhos não possuem mais
a luz de teus olhos,
nem uma palavra marítima!
o que dói é o irreal dos astros,
o que foi nosso alucinadamente...
a certeza de que sonhámos com o trilho do mel,
com o veludo das aves, com a ondulação limpa.



___________mariagomes
jun, 2012

a noite cai como um sonho;
a noite é uma alva canção que se desenha,
uma pupila implantando o mar.
a noite é a musicalidade do amor, a transparência exacta,
a tua mão, a minha mão, o teu corpo, o meu olhar.

__________mariagomes
junho, 2012

não consigo libertar-me do teu corpo; nos teus olhos
cintila a paz dos navios eternos;
em ti eu sou a luz a utopia
a inebriar a noite solar,
em teu rumor afago a rebeldia das canções
que febrilmente existem
como o mar existe
e a ternura existe.

_________mariagomes

Maio, 2012

Silencio e canto a beatitude do teu corpo,
na liquidez das formas,
para que a paisagem se desnude
num elemento puro, em sua secreta aura.

A flor nascida, a onda, a vida, o vento, o espanto,
silencio e canto.


________mariagomes
13,Maio, 2012

sábado, junho 23, 2012



não são as aves que eu procuro
é a eternidade
entre os rios e as tuas mãos
e as palavras imaginadas no coração dos deuses.

_______________mariagomes


quinta-feira, março 22, 2012

quarta-feira, fevereiro 08, 2012



Semeio a brisa, o tempo,
ao crepúsculo, lírios,
minha mãe,
que vivem no precipício que não finda.
Semeio o que vive e o que não vive.
Sou livre inundando a candura da voz,
do punho,
da terra do sangue, e da neve.
Sou livre, numa inquietação, amando a neve,
e os homens, meus irmãos, que partilham o sonho, o vento
e o trigo.
Sou livre, minha mãe!...

_______________mariagomes
 8, Fev, 2012

terça-feira, fevereiro 07, 2012




Regresso à nudez das águas, aos barcos acesos,
percorro na noite da vigília das árvores,
o gosto pelo tumulto piramidal da sede...
Regresso às miragens, ao fulgor da ferida.

Eu canto o amor,
eu canto a lua nascida de um salto mortal.


____________mariagomes
7,fev, 2012

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

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Acerca de mim

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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