segunda-feira, maio 19, 2008

dir-me-ás que não canto
tenho em mim a madrugada de todos os entardeceres
o rosto de um cântaro que o sol abandona em cruz

dir-me-ás que é de pedra a pele que se abriu aos homens
guardando a luz.

mariagomes
março, 2008

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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