( a meu pai, em memória)
eu enunciei as aves
nas margens compulsivamente dadas à terra,
em suas entranhas,
nas mãos que partiam dos rios
por coisas de somenos importância…
e tu, na captura do sul, num odorífico deserto
falaste-me de amor, de libertação.
mariagomes
Angola, 11 de Novembro de 2008
5 comentários:
Belíssimo, Maria.
Beijos
"e tu, na captura do sul, num odorífico deserto
falaste-me de amor, de libertação".
Abraços amiga, que eu sei o que é não (mais) ter pai.
Gostei muito deste poema. Voltarei.
Belo Maria,...
Ontem fez anos que deixei de dizer a palavra pai e ter resposta!
Abraço Amigo_________ JRMarto
Maria, amiga, obrigada ! Como vê, na sua homenagem a seu Pai, somos já muitos a revermo-nos nas suas lembranças... Também eu relembro, assim, o meu que, como diz José Marto, já não responde ao meu chamado...E, depois, outros se lhe seguiram...
Beijos, pelas belas palavras !
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