terça-feira, novembro 11, 2008

na captura do sul

meu pai




( a meu pai, em memória)


eu enunciei as aves
nas margens compulsivamente dadas à terra,
em suas entranhas,
nas mãos que partiam dos rios
por coisas de somenos importância…

e tu, na captura do sul, num odorífico deserto
falaste-me de amor, de libertação.

mariagomes
Angola, 11 de Novembro de 2008


5 comentários:

Fred Matos disse...

Belíssimo, Maria.
Beijos

Angola Debates e Ideias- G. Patissa disse...

"e tu, na captura do sul, num odorífico deserto
falaste-me de amor, de libertação".

Abraços amiga, que eu sei o que é não (mais) ter pai.

Aníbal Duarte Raposo disse...

Gostei muito deste poema. Voltarei.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Belo Maria,...
Ontem fez anos que deixei de dizer a palavra pai e ter resposta!
Abraço Amigo_________ JRMarto

fernanda sal m. disse...

Maria, amiga, obrigada ! Como vê, na sua homenagem a seu Pai, somos já muitos a revermo-nos nas suas lembranças... Também eu relembro, assim, o meu que, como diz José Marto, já não responde ao meu chamado...E, depois, outros se lhe seguiram...
Beijos, pelas belas palavras !

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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