segunda-feira, novembro 24, 2008



tudo se oferece à poesia!
mesmo o princípio mortal da manhã , esse oceano
onde se fundem os refluxos da evocação de um adeus:
- a neblina convulsiva, a purificada cinza nos teus lábios, nos meus.

mariagomes
24nov.08

3 comentários:

Anónimo disse...

e quem não se entrega aos lábios da poesia?

Belas palavras

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Muito belo Maria !
Passo de relance, mas quis dizer-te , aliás, gosto muito de te ler , embora nem sempre haja muito a dizer , para além do encantamento !
Um abraço
JRMARTo

Memória transparente disse...

Maria, levo-o para o "nenhum dia sem linha".
Obrigada.

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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