talvez não saibas que amo as temperadas manhãs
que há um lugar que transcende os olhos
que atravessam sóis como baionetas de sangue
nunca te falei da infância de um acidulado relâmpago
nos passos
das pálpebras
das palavras
de um dever profundo
houve uma rosa submersível condenada à água
e lábios fortíssimos azuis
e faróis perdidos em profusão em chamas
sabes? quando pousei as mãos senti partir o cântico dos mares
chamei por ti.
mariagomes
dez, 2008
3 comentários:
Ótimo poema, Maria.
Beijos
Chamar,
eternamente que seja,
é ouvir o Cântico, afinal,
senti-lo,
perto ou na distância.
É seguirmos a esperança
que nos ampara.
É caminhar.
Obrigado, Caríssima Poetisa, por mais esta partilha. Sérgio
Acho que estou lendo a bíblia... No bom sentido que isso possa ter...
Enviar um comentário