terça-feira, dezembro 09, 2008


vê! o meu momento é este
esperar que se decante o estoiro das batalhas
deixar que os mortos falem
aclarar o campo
na terra dura que se suspende em manto.



mariagomes
dez, 2008

3 comentários:

Anónimo disse...

Há nesta poesia a capacidade de "visão", não se trata de magia mas sim de sublimação. Se esta é a sublimação de sólido para gasoso ou de gasoso para sólido? Nem "só lido" se consegue obter essa sublimação! Portanto, saber o que seja? Só o poeta descobre a poesia com que faz Poesia, só poetas encontram Poesia na poesia dos poetas. Felizmente todos somos poetas, pelo menos..., de vez em quando.
A Maria Gomes é poetisa que muito preso, capta as essências, ou seja, mostra coisas essenciais:
«na terra dura que se suspende em manto»,
será da solidez da terra que se passa à imagem leve subindo no espaço - nas cores dum crepúsculo, - na névoa da manhã, - na neblina a formar-se?...
A poesia é este «manto da terra», a envolver a terra que é... o poeta?
Parabéns Maria, beijos.
Francisco

Fred Matos disse...

Cada vez que leio um poema seu recebo uma aula de poesia, Maria.
Beijos

BAR DO BARDO disse...

Aqui, eu começaria comparando com a Cecília Meirelles. Mas ainda não sei o(s) porquê(s)? Mas... comparar por quê?

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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