sábado, novembro 19, 2005

o sangue eterno

Oh noite infinita,
cuja vertigem eleva o sangue eterno da floresta,
as aves desabaram, virgens.

sobre a tarde,
o céu purpúreo coroado com um dilúvio de penas,
concentrou, na imagem, o gelo permeável dos tendões.

agora, as tuas mãos depuram minhas formas ancestrais.

mariagomes
19 de Nov.2005

3 comentários:

addiragram disse...

Maria
é tão bonito ouvi-la, como se as palavras e a música fizessem um corpo inseparável!É tão bom ouvi-la, Maria!

P.S- Quero convidá-la amanhâ a visitar o meu blog! Para comemorar o post nº 200 publicarei uma foto ( minha) que entrego a todos os poetas (mesmo e sobretudo os virtuais) para que escrevam...se quizerem,claro.Um bj.

Anónimo disse...

Passei por aqui e gostei muito, muito mesmo, do passeio.

JFC disse...

tá giru!!!!

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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