desisto do brilho dos astros, das cascatas de pedra
do céu etereamente louro.
vou por aí, sem dizer nada, aludindo com os olhos.
desisto de aferir a noite perdida, de procurar as rosas,
ouvir a carne,
de permanecer entre a dor e um abismo.
se vires, meu amor, o silêncio levar a água aos gerânios
será a minha sede morta, ou viva.
mariagomes
2 de Fev.2006
"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
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- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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3 comentários:
Olá boa tarde.
Cheguei aqui por acaso.
Adorei. Parabens.
SENSIBILIDADE E BOM SENSO.
Estou assustada com tanta beleza... como pode a beleza assustar senão para levantarmos vôo rumo as imagens que as palavras provocam? O seu blog é lindo; a sua poesia é linda. Estou assustada e encantada! Um abraço, Lisbeth
"vou por aí" num piscar de olhos a Régio. Gosto sempre tanto de aqui vir. um beijinho. J.
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