domingo, julho 30, 2006

não tocarei na palavra velada pelo amor
é preciso que um vulcão a beije
cheire a mar o som
que estremeça mansa a boca

que se declarem as minhas mãos loucas e pagãs

ficará imune o ardor livre a sensação de haver
em movimento
um altar curvo ou o alimento sobre a mãe.

não tocarei na arrebatada loucura terrestre
no silêncio que cresce das macieiras
que se declarem os rios que respiram inexoráveis
as noites insolúveis e sãs.


mariagomes
julho06

4 comentários:

PreDatado disse...

Muito bonito.

Silvia Chueire disse...

Belo poema, Maria !
"não tocarei na arrebatada loucura terrestre". A frase foi tirada dele injustamente, é linda, mas havia outras. : )

Um beijo e obrigada,

Silvia

vero disse...

Belo poema!!!
Beijinhos***

della-porther disse...

gostei. voltarei

beijos

della

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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