não tocarei na palavra velada pelo amor
é preciso que um vulcão a beije
cheire a mar o som
que estremeça mansa a boca
que se declarem as minhas mãos loucas e pagãs
ficará imune o ardor livre a sensação de haver
em movimento
um altar curvo ou o alimento sobre a mãe.
não tocarei na arrebatada loucura terrestre
no silêncio que cresce das macieiras
que se declarem os rios que respiram inexoráveis
as noites insolúveis e sãs.
mariagomes
julho06
"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
domingo, julho 30, 2006
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- mariagomes
- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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4 comentários:
Muito bonito.
Belo poema, Maria !
"não tocarei na arrebatada loucura terrestre". A frase foi tirada dele injustamente, é linda, mas havia outras. : )
Um beijo e obrigada,
Silvia
Belo poema!!!
Beijinhos***
gostei. voltarei
beijos
della
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