quarta-feira, março 16, 2005

no amor e no medo




no amor e no medo as árvores acendem a luz
os remos
a única raiz que nos despe os braços
todos os recados se traçam
inflamam aragens a fundo

não temos mais do que estas margens
para cerzir as cinzas volúveis do mundo

não pedimos mais do que os breves espaços
que se abrem
miraculosamente
entre a alegria e as lágrimas.


mariagomes
2005

2 comentários:

André Damázio disse...

Olá, Maria!
Gostei muito do seu trabalho!
Adicionei seu blogue ao meu.
Dê uma passadinha lá!
Estou encontado com seus versos!
paperana.blogspot.com

hfm disse...

Gostei de ler este "no amor e no medo" como, normalmente, gosto da tua poesia! Um abraço

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Acerca de mim

A minha foto
Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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