sexta-feira, setembro 23, 2005

tão completa


tão completa quanto esta manhã,
é a lua cerzida pela sombra

aos olhos abertos da calçada,
a minúcia da meditação,


ou o teu rosto em triângulo
ou agosto que deflagrou.

mariagomes
23set.2005

5 comentários:

Anónimo disse...

Repleto de luminosidade este seu trabalho. Gostei de ler.

r.e. disse...

"OU o teu rOsto...
OU agOsto que deflagrOU"
lindo. como sempre sei encontrar aqui, e há tanto desejava reencontrar. beijo. J.

Torquato da Luz disse...

Maria, a minha mudança de computador tem sido uma tragédia. Amanhã terei de o levar, mais uma vez, ao "médico": agora são os "mails", que não posso mandar nem receber. Enviaste-me algum?
Bjs.

Anónimo disse...

uma manhã que promete, aberta por uma poesia contida e profunda – gosto muito
carlos peres feio

Anónimo disse...

O problema de escrever: o escritor, como dizia Proust, inventa na língua uma nova língua, uma língua de algum modo estrangeira. Ele traz à luz novas potências gramaticais ou sintáticas. Arrasta a língua para fora de seus sulcos costumeiros, leva-a a delirar. Mas o problema de escrever é também inseparável de um problema de ver e de ouvir: com efeito, quando se cria uma outra língua no interior da língua, a linguagem inteira tende para um limite "assintático", "agramatical", ou que se comunica com seu próprio fora. O limite não está fora da linguagem, ele é o seu fora: é feito de visões e audições não-linguageiras, mas que só a linguagem torna possíveis.

Gilles Deleuze

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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