só o vento sopra por detrás do espelho o trevo
subindo rubro sobre a folha
no ardor de um beijo. perdoa-me.
vejo o coração das magnólias atravesso
uma espada amargurada num suicídio de silêncio.
nas minhas mãos
o deserto tímido intimo surge do tempo
ante a glória de vermos o sol
morrendo no abraço.
dilacero os dedos
digo adeus à cúmplice ventura de florir.
perdoa-me. ser poeta é ter a carne
na cicatriz da imagem. sentir os olhos a escorrer
na boca. morrer em cada página.
mariagomes
março.2005
8 comentários:
Gosto mais do poema na forma que tem aqui...Beijo
a primeira forma em que o leu amélia, foi em embrião.
bjs
maria
Ah sim, é bom o poema.
Obrigada, Maria.
Beijos,
Silvia
silvia, parece-me um poema que não acaba... ainda ontem estava em restauro!
beijo
maria
Me fez encher os olhos d'água teu poema, Maria!
Lindo!
já visitei o teu blog, andré e deparei-me logo com um belo poema, cheio de ritmo. gostei.
um abraço
maria
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