os cabelos nasceram-me mortais e louros.
vê como adormeci à beira do monte.
onde tudo é simples,
existem lugares, em desalinho.
as palavras estão quase tristes.
mariagomes
29junho.2005
"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quarta-feira, junho 29, 2005
segunda-feira, junho 27, 2005
um país de cordas
venho falar-te de um país de cordas
que coincidem.
o voo guarda, na mão, o banho dos rios.
ali, o sol morre.
inicial,
o mar é a morte líquida.
zeus respira na coroação, numa acácia,
num ímpeto de sangue
de terra copiosa
de mães de muito mais.
ali, é lícita a lágrima
:
o homem
e a clareira abrem-se como caracteres que se consomem.
mariagomes
27junho.2005
domingo, junho 26, 2005
na palavra*
não falemos de ilhas,
a brevidade baloiça num rio redondo.
louco,
o inventário pertence a uma canoa de pássaros.
há tanto tempo
ou
hoje,
apenas hoje,
a preguiça presa ao sol
despontou.
de súbito, aqueceu a pedra
naquela língua
que lida
pula
pula
pula.
eu tenho na palavra uma pedra,
a língua que perdura.
há muito mar,
e os meus olhos nem azuis são.
mariagomes
26junho.2005
*ukulele ( no blogue quartzo, feldspato e mica)
a brevidade baloiça num rio redondo.
louco,
o inventário pertence a uma canoa de pássaros.
há tanto tempo
ou
hoje,
apenas hoje,
a preguiça presa ao sol
despontou.
de súbito, aqueceu a pedra
naquela língua
que lida
pula
pula
pula.
eu tenho na palavra uma pedra,
a língua que perdura.
há muito mar,
e os meus olhos nem azuis são.
mariagomes
26junho.2005
*ukulele ( no blogue quartzo, feldspato e mica)
sexta-feira, junho 24, 2005
onde ouvir histórias

welwitcha mirabilis, deserto do Namibe, Angola, fotografia de mariagomes
onde ouvir histórias com deus
e o deserto?
sabes, as espinheiras em declínio, exactas,
peremptoriamente
querem escolher dunas
e o esquecimento irrompe de uma chuva de claves.
deus desapareceu no deserto
a escrever versos muito verdes muito
verdes.
mariagomes
24dejunho.2005
um índice
"Avó, desliga o vento"
Sofia Gomes
nunca mais desliguei o poema do vento
porque o poema atravessa o pátio
e as palavras
a medula tem o vagar dos teus laços,
oiço-a na respiração,
como púcaros que bebi.
um índice ilumina as entranhas.
que a primavera me devolva o ouro a pupila,
de um tempo quente
uma ponte
para que, serenamente, possam
seguir-te as águas.
mariagomes
24junho, 2005
terça-feira, junho 21, 2005
cantando a neve
mãe, se auréolas chegarem cantando a neve, o copo,
a colina da lua antiga e a carne, na mão,
beber da música do meu silêncio
inteira e selada, eu inflamarei as estrelas
e depois saberei de tudo;
da madrugada imperfeita em que nasci, o nome do sol
na febre... com que palavras me acordaram a esse sono.
mãe, se cada poema morrer, antes de mim
pede a Sipho Gumede(1) que os leve para Sul.
que tombe o meu corpo sobre aquele sopro todo.
e eu fique, assim eternamente,
entregue e com sentido.
mariagomes
21.junho.2005
(1) cantor sul-africano
segunda-feira, junho 20, 2005
sobre uma fotografia...
(" ao fundo ", fotografia de Carlos Peres Feio*)
há neste incêndio a felicidade,
uma luz a subir pela árvore, do lado errado.
mariagomes
20junho 2005
* em http://moinhoalto.nafoto.net/
sábado, junho 18, 2005
o que eu te queria dizer
este dia prende-se a todas as formas líquidas.
e no céu verde,
sem me aperceber,
os dedos tremem para além do desejo
que consegue tocar as tulipas.
e a comunhão é como aquela vontade de guardar mãos infinitas.
era só isto o que eu te queria dizer.
mariagomes
18junho.2005
quinta-feira, junho 16, 2005
uma alucinação
os cílios, esses, há muito que esperam. porque a cor acaba funcionária.
e eu vejo-a, tão lúcida. acordo sem medir o sussurro, a pústula. pergunto a cada
transeunte pela memória. insubstituíveis, viram a face, desfiando o sol, espiando o
anoitecer onde muitas pedras gravitam no teu nome. houve uma alucinação contrária.
mariagomes
16.junho.2005
quarta-feira, junho 15, 2005
onde repousa a música
tive a infância efémera do feno,
aquele lugar onde repousa a música.
e a leveza difícil, no ser,
ainda arranca os braços
dos homens que se cruzam.
não se conhecem as pedras pela rua.
qualquer ave é uma pátria, qualquer palavra
lã de rosmaninho.
hoje, eu sou a cal,
rosa nocturna que se deita.
e no teu peito
os barcos e a candura, o meu caminho.
mariagomes
junho.2005
aquele lugar onde repousa a música.
e a leveza difícil, no ser,
ainda arranca os braços
dos homens que se cruzam.
não se conhecem as pedras pela rua.
qualquer ave é uma pátria, qualquer palavra
lã de rosmaninho.
hoje, eu sou a cal,
rosa nocturna que se deita.
e no teu peito
os barcos e a candura, o meu caminho.
mariagomes
junho.2005
terça-feira, junho 14, 2005
( a eugénio de andrade)
um poeta morre, é infindo dizê-lo
como um pássaro que simplifica o nome.
mariagomes
14junho.2005
como um pássaro que simplifica o nome.
mariagomes
14junho.2005
segunda-feira, junho 13, 2005
Até amanhã, camarada!**

"Constitui um direito à liberdade que um artista concentre exclusivamente o seu talento e a sua criatividade na busca de novos valores formais: o da cor, do volume, da musicalidade, da linguagem. Essa atitude tem conduzido a enriquecimentos e descobertas dando vida à obra por virtude dos novos valores formais conseguidos.
Constitui também um direito à liberdade que um artista parta à descoberta de novos valores formais (da cor, do volume, da musicalidade, da linguagem) com o propósito de os tornar adequados e capazes de levar à sociedade, ao ser humano em geral, uma mensagem de alegria ou tristeza, de solidariedade ou de protesto, de sofrimento ou de revolta, em qualquer caso, como é de desejar de optimismo e de confiança no ser humano e no seu futuro."
Álvaro Cunhal
** (N. Coimbra,10 de Novembro de 1913, F. Lisboa a 13 de Junho de 2005 )
in "A Arte, o Artista e a Sociedade"
Editorial Caminho, Lisboa, 1996
(pg.20-21)
19 Janeiro de 1923 / 13 de Junho 2005

O SORRISO
Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
Era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu dentro daquele sorriso.
Correr, navegar, morrer naquele sorriso.
LA SONRISA
Creo que fue la sonrisa,
la sonrisa fue quien abrió la puerta.
Era una sonrisa con mucha luz
dentro, y apetecia
entrar en ella, quitarse la ropa, quedarse
desnudo dentro de aquella sonrisa.
Correr, navergar, morir en aquella sonrisa.
LE SOURIRE
Je crois que ce fut le sourire,
le sourire, lui, qui ouvrit la porte.
C'était un sourire avec beaucoup de lumière
à l'ínterieur, il me plaisait
d'y entrer, de me dévêtir, de rester
nu à l'interieur de ce sourire.
Courir, naviguer, mourir dans ce sourire.
THE SMILE
I think it was the smile,
it was the smile who opened the door.
It was the smile with light,
much light inside, I longed to
enter it, take off my clothes, and stay,
naked there within that smile.
To run, to sail, to die within that smile."
Eugénio de Andrade
in "30 Poemas, Poemas, Poèmes, Poems"
domingo, junho 12, 2005
outrora
outrora, eu era daqui.
do rio que lambia a fonte.
e o riso
naquele dardo de sangue
pela parede esculpindo cabras
sem açoite.
havia aves,
aves típicas de noite, anónimas.
mariagomes
junho, 20005
sexta-feira, junho 10, 2005
Camões dirige-se aos seus contemporâneos

Podereis roubar-me tudo:
as ideias, as palavras, as imagens,
e também as metáforas, os temas, os motivos,
os símbolos, e a primazia
nas dores sofridas de uma língua nova,
no entendimento de outros, na coragem
de combater, julgar, de penetrar
em recessos de amor para que sois castrados.
E podereis depois não me citar,
suprimir-me, ignorar-me, aclamar até
outros ladrões mais felizes.
Não importa nada: que o castigo
será terrível. Não só quando
vossos netos não souberem já quem sois
terão de me saber melhor ainda
do que fingis que não sabeis,
como tudo, tudo o que laboriosamente pilhais,
reverterá para o meu nome. E mesmo será meu,
tido por meu, contado como meu,
até mesmo aquele pouco e miserável
que, só por vós, sem roubo, haveríeis feito.
Nada tereis, mas nada: nem os ossos,
que um vosso esqueleto há-de ser buscado,
para passar por meu. E para outros ladrões,
iguais a vós, de joelhos, porem flores no túmulo.
Jorge de Sena
( Trinta Anos de Poesia. Lisboa, Edições 70, 1984)
quinta-feira, junho 09, 2005

"Poets are the unacknowledged legislators of the world"
"Os poetas são os legisladores não reconhecidos do mundo"
Percy Bysshe Shelley*
*nasceu em Field Place, Sussex, Inglaterra, em 4 de agosto de 1792. Descendente de rica família da aristocracia rural, demonstrou desde jovem um temperamento rebelde e inconformista. Em 1811 foi expulso da Universidade de Oxford por ter escrito um panfleto intitulado The Necessity of Atheism (A necessidade do ateísmo).
(....)
Shelley trabalhava em seu último poema, o admirável "The Triumph of Life" ("O triunfo da vida"), quando morreu afogado no golfo de Spezia, perto de Livorno, Itália, em 8 de julho de 1822, ao naufragar seu barco Ariel. Alguns de seus poemas, como "Ode to the West Wind" ("Ode ao vento oeste") e "To a Skylark" ("A uma cotovia"), situam-se hoje entre os mais famosos da língua inglesa.
(in enciclopédia britânica do Brasil, Publicações Lta)
os passos que inventei
falta-me tudo, meu amor.
os passos que inventei, a vã promessa
na livre circulação do outono.
a provável mesura de cisnes
que devagar visitam as águas.
eu fui uma cidade sumária,
uma passagem para a exaltação da raiz.
como fase alternativa,
um roteiro que empurrava flamingos
para a fatalidade do ardil.
deixei viver os móveis, a dureza soberana,
o espinho na floreira,
o lado escuro da gravidade
do corredor
em que homens e mulheres caíam sem destino.
não coleccionei agulhas, nem selos febris, nem fenómenos.
só poemas, que morriam prematuramente a meus olhos.
mariagomes
9,junho.2005
quarta-feira, junho 08, 2005
Gracias a la vida [ Violeta Parra]*

"Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió dos luzeros e cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre, que yo amo
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
me ha dado el oído,
que en todo su ancho
traba noche y da grillos y canarios
martirios, turbinas, ladridos, chubascos
y la voz tan tierna de mi bien amado
Gracias a la vida,que me ha dado tanto
me ha dado el sonido y el abecedario
con él las palavras que pienso y declaro
madre, amigo, hermano y luz alumbrando
la ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida,que me ha dado tanto
me ha dado la marcha de mis pies cansados
con ellos anduve ciudades y charcos
playas y desiertos,montañas y llanos
y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
me dió el corazón que agita su marco
Quando miro el fruto del cerebro humano
quando miro el bueno tan lejos del malo
quando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
me ha dado la risa y me ha dado el llanto
así yo distingo dicha de quebranto
los dos materiales que forman mi canto
y el canto de ustedes que es el mismo canto
y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida."
Violeta Parra
*Gracias, Amélia Pais, muchas gracias, por este belo recuerdo que veio refrescar este 8 tão quente!...Coimbra estoira de calor.
mariagomes
" O Papel do Poeta e da Poesia no Mundo"

"enquanto a sociedade mantiver a sua rigidez e as suas múltiplas, patentes ou ocultas, formas de repressão, onde a vida não pode desenvolver-se em toda a plenitude e dignidade, a poesia deverá ser o que ela já é nos mais significativos poetas do nosso tempo: uma afirmação de dignidade e de liberdade humana".(...)
"o poeta moderno, mesmo na sua «déraison» tem razão, porque não testemunha só da anormalidade e da violência do mundo em que vivemos, ele é a afirmação, embora desprezível sob certos pontos de vista, do valor mesmo daquilo que falta aos termos sociais e que, no entanto, constituem o fundamento do homem, da condição humana".
António Ramos Rosa
(in nº22 da Revista " O Tempo e o Modo")
terça-feira, junho 07, 2005
uns chegam cansados da eternidade
Não dissocio a palavra da música. Não dissocio a música da memória porque " memória" é uma palavra muito cara que advém de um silêncio...
- silêncio que é o som que insiste, que bate em mim, interior e exteriormente
:
uns chegam cansados da eternidade.
trazem a mão agarrada
a uma pedra.
falam-me de altas pedras em quebranto.
dêem-me uma palavra.
encontrei um arquipélago
como uma cabeça de malmequeres fendidos.
avessa
como instrumento de angústia
inúmera.
dêem-me uma palavra.
sim o candelabro contínuo
porque eu quero ouvir pelo orifício d’aurora
o sepulto mar que me atravessa.
mariagomes
junho.2005
****
Oráculo
a palavra de espanto
uma flor e um sorriso
trazem telas e um canto
uma margem e um friso.
um claro sul salino
uma pedra no vento
mais um céu opalino
que é do meu sustento.
e na voz peregrina
recolhe o arquipélago
no ramo que declina.
a angústia é um orago
numa fala menina
que anuncia o pressago.
josé félix
2005.06.07
em Escritas
domingo, junho 05, 2005
Pierre Reverdy
o tinto de leite do penacho no momento em que
se agita a praça
Entre as avenidas a estrela
e as casas
Em lugar de gotas de água é o dia que cintila
e voa em volta
O monumento agita-se
A manhã levanta-se e por momentos volta a pôr-se
E quebra-se o dia
A cascata da caserna tem os seus clarins
Nas vozes do céu a que junto
a minha
Tudo é de esperar
Sob as molas que sofre
a sombra rola sem ruído ao fundo
A terra está cheia.
Pierre Reverdy * (1889-1960)
Bruits au réveil, in La Guitarre endormie, 1919
*"Reverdy contribuiu para a construcção do edifício surrealista com a sua reflexão sobre a dificuldade de conciliar o real e o mundo. Jovem, tentou fugir a este mundo, mas depois abraçou-o para melhor se fundir com a natureza e com aquilo e desvendar-lhe os mistérios. ' Ninguém meditou melhor nem soube fazer melhor sobre os meandros profundos da poesia. Nada viria a ser mais importante que as suas teses sobre a imagem poética' reconhecerá mesmo Breton, apesar das opções espirituais e do isolamento deste poeta. A poesia de Reverdy, em busca permanente revisitada, é burilada, simbólica e cheia de delicadeza. " O amor à verdade levado ao extremo na arte, nega-a e destrói. Por isso existe um misterioso limite que o espírito deve saber atingir e não ultrapassar", escreve em Le Grant de Crin ( 1927) colectânea de notas em que previne à cabeça "Notas sobre a arte, que é o homem- o homem, que é Deus, - a religião, que suspende o homem de Deus."
(in ABCedário do Surrealismo, publico.pt)
se agita a praça
Entre as avenidas a estrela
e as casas
Em lugar de gotas de água é o dia que cintila
e voa em volta
O monumento agita-se
A manhã levanta-se e por momentos volta a pôr-se
E quebra-se o dia
A cascata da caserna tem os seus clarins
Nas vozes do céu a que junto
a minha
Tudo é de esperar
Sob as molas que sofre
a sombra rola sem ruído ao fundo
A terra está cheia.
Pierre Reverdy * (1889-1960)
Bruits au réveil, in La Guitarre endormie, 1919
*"Reverdy contribuiu para a construcção do edifício surrealista com a sua reflexão sobre a dificuldade de conciliar o real e o mundo. Jovem, tentou fugir a este mundo, mas depois abraçou-o para melhor se fundir com a natureza e com aquilo e desvendar-lhe os mistérios. ' Ninguém meditou melhor nem soube fazer melhor sobre os meandros profundos da poesia. Nada viria a ser mais importante que as suas teses sobre a imagem poética' reconhecerá mesmo Breton, apesar das opções espirituais e do isolamento deste poeta. A poesia de Reverdy, em busca permanente revisitada, é burilada, simbólica e cheia de delicadeza. " O amor à verdade levado ao extremo na arte, nega-a e destrói. Por isso existe um misterioso limite que o espírito deve saber atingir e não ultrapassar", escreve em Le Grant de Crin ( 1927) colectânea de notas em que previne à cabeça "Notas sobre a arte, que é o homem- o homem, que é Deus, - a religião, que suspende o homem de Deus."
(in ABCedário do Surrealismo, publico.pt)
sexta-feira, junho 03, 2005
das coisas, o perfil
eu prefiro dizer, das coisas, o perfil.
inquietar a sombra, o abismo
que escorre pelos ombros húmidos da noite.
eu prefiro ter a ponte
por onde passa o pranto estupendo
dos deuses, a carne e o sangue.
enquanto falo,
há florestas que se desbastam brutalmente
inclinando o mar
e o rural; há rosas
a nascerem continuadamente, e a minha morte
coberta de rosas.
eu prefiro dizer, das coisas, o perfil.
frequentar o meu corpo em quanto calo.
mariagomes
junho.2005
inquietar a sombra, o abismo
que escorre pelos ombros húmidos da noite.
eu prefiro ter a ponte
por onde passa o pranto estupendo
dos deuses, a carne e o sangue.
enquanto falo,
há florestas que se desbastam brutalmente
inclinando o mar
e o rural; há rosas
a nascerem continuadamente, e a minha morte
coberta de rosas.
eu prefiro dizer, das coisas, o perfil.
frequentar o meu corpo em quanto calo.
mariagomes
junho.2005
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- Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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