terça-feira, junho 21, 2005

cantando a neve



mãe, se auréolas chegarem cantando a neve, o copo,
a colina da lua antiga e a carne, na mão,
beber da música do meu silêncio
inteira e selada, eu inflamarei as estrelas
e depois saberei de tudo;
da madrugada imperfeita em que nasci, o nome do sol
na febre... com que palavras me acordaram a esse sono.
mãe, se cada poema morrer, antes de mim
pede a Sipho Gumede(1) que os leve para Sul.
que tombe o meu corpo sobre aquele sopro todo.
e eu fique, assim eternamente,
entregue e com sentido.

mariagomes
21.junho.2005

(1) cantor sul-africano

2 comentários:

Anónimo disse...

da madrugada imperfeita...
porque?
a quiçá imperfeição
não reside nela
mãe...
leva-me então para o sul
ma musica
do silencio
leva-me...

mariagomes disse...

fica a interrogação anónima!

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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