quarta-feira, junho 15, 2005

onde repousa a música

tive a infância efémera do feno,
aquele lugar onde repousa a música.
e a leveza difícil, no ser,
ainda arranca os braços
dos homens que se cruzam.

não se conhecem as pedras pela rua.
qualquer ave é uma pátria, qualquer palavra
lã de rosmaninho.

hoje, eu sou a cal,
rosa nocturna que se deita.
e no teu peito
os barcos e a candura, o meu caminho.


mariagomes
junho.2005

3 comentários:

Alma do Beco disse...

ah, Maria, Maria, vc não existe...
como consegue escrever lindamente um poema como esse, que, de tão longe, me lê?
beijo e beijo e beijo,

Márcia

r.e. disse...

beleza... * J.

mariagomes disse...

o meu beijo de agradecimento aos dois,

maria

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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