quarta-feira, agosto 18, 2004





alegrias brancas


segurei as folhas
nos sorrisos despidos de pétalas sonoras
segurei a boca nas mesmas palavras
e o corpo a continuar a qualquer hora
segurei alegrias brancas
nos olhos do tempo a morte difícil
a luz franca que vem e fica
segurei a cegueira em fita em arrepio
até ao sangue plano do poema a fio.

mariagomes
ag.2004





4 comentários:

Anónimo disse...

maria

Se leres a recente entrevista dada pelo Affonso Romano de Sant'Ana ao Jornal Opção, on line, vais verificar da razão do teu discurso poético.
Tudo isto tem a ver com o lirismo que perpassa a tua poesia passando ao lado dos pós-modernistas que só sabem fazer enlatados, pensando que falar do quotidiano como o fazem os jornais é que é ser um poeta moderno.
Continua. Estás no bom caminho.
Agradeço a tua passagem pela Teia da Aranha.

José Félix

mariagomes disse...

félix,
não sei dizer de outra forma! de outra forma, para mim, também não há poesia. e obrigada pela força.
vou ler o que recomendas, a entrevista do Affonso.


maria

Anónimo disse...

maria gomes,que surpresa conhecê-la assim.

É Poesia, de facto.
Já o tinha suspeitado em " O Fulgor da Língua"


bfs.

Um beijo,


maria azenha

mariagomes disse...

e as suas palavras, a sua presença na romã, maria azenha, foi também uma supresa agradabilíssima.
obrigada, amiga,

um beijo
mariagomes

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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