sexta-feira, novembro 12, 2004

o sangue que me nutre




vejo a foz das palavras famintas
no descanso dos teus dedos.
sigo o curso das escamas ardentes neste outono.
a pétala do teu sonho dilui o vento
no areal interno da luta.
vem. sobram asas sobre o mar desabrigado.
vem anjo sedutor proferir a oração o fim
a lâmpada acesa do meu ser.
obriga um rio a correr. obriga o grito
o sangue que me nutre a dizer.

mariagomes
12.nov.2004

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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