quarta-feira, julho 27, 2005



....

"Digo no meu escandir privado:
já alcancei a membrana da romã
fruto áfrico neste patamar sagrado
onde o repouso cala o grito da manhã."
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Heliodoro Baptista


excerto do poema "história irrasurável"
in " Nos Joelhos do Silêncio"
editorial caminho, 2005

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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