segunda-feira, outubro 25, 2004

em silêncio. um a um.




os homens estão tristes. não falam de cartas. não escrevem amor.
sucedem-se em silêncio. um a um. perderam as palavras.
vão pela rua tacteando rosas escuras com o cheiro de rosas na boca.
a língua jaz incolor oca nos homens que estão tristes.
a cada segundo escurecem planícies. o mundo é da noite.
e as estrelas tremem nas mãos dos homens que tristes modelam
a mão da luz. da pouca luz que ainda resiste.

mariagomes
set.2004

2 comentários:

Silvia Chueire disse...

Maria,
Um poema belo, muito belo. Tocou-me.
Beijos
Silvia

mariagomes disse...

e assim o meu bloguito lá vai navegando....
também o tempo não me tem sido favorável para " enfeitá-lo" mais, meu amigo.


Não fosse a Sol, Silvia, eu não teria publicado este poema...

obrigada aos dois
maria

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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