"Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor,com que tu, rubi, teu preço perdes; (...........)" Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas,IX,59
quarta-feira, outubro 20, 2004
Um poeta, um amigo*
Como pomba liberta das mãos
como pomba liberta das mãos,
o poema voa na direcção do espaço;
libertou-se do poeta para o olhar
do mundo inteiro e, sem pudor,
vai contradizer quem o escreveu;
e no futuro dirão que o poeta disse
mas é o poema que o diz e mais ninguém;
e quem souber o que pensava o poeta
esquecê-lo-á - só a poesia importa,
só ela vive para sempre, no poema.
nenhum poeta é imortal, nem livre.
só o poema não desce ao cárcere.
só à poesia é dado regressar do inferno,
e visitá-lo incólume e troçar dele,
e despedir-se com um sorriso amável,
de volta ao seu próprio paraíso.
Gonçalo Bruno de Sousa
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2 comentários:
Parabéns ao Gonçalo pelo poema é à Maria por o ter trazido até aqui e pela boa linkagem ;-)
hfm
http://linhadecabotagem.blogspot.com
Têm sido muito claras as lições, hfm! obrigada
e um abraço
maria
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