quarta-feira, julho 27, 2005

ante a margem

até esse amor ficou,
preciso de acordar as pedras do sol.
só depois partirei comigo,
como eu sou,
na delonga do mar
interior

ante a margem e um equívoco.

mariagomes
julho.2005

3 comentários:

Anónimo disse...

" só depois partirei comigo ,/ como eu sou,/ na delonga do mar/ interior/ ante a margem e um equívoco." Maria, não me leve a mal, por favor, mas esses versos - tão-somente eles - sustentam a beleza desse poema...

Anónimo disse...

tutti, muito obrigada, uma vez mais... e quem sabe?, podem só sobreviver esses versos...

Anónimo disse...

(Minha reverência, Maria.)

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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