
foi este um dos presentes que recebi pelo dia da mãe, um bonito romance, " leve como uma pena", tal como o anunciam. E eu precisava de ler qualquer coisa, assim, tão leve.
Nunca tinha lido nada de Haruki Murakami, gostei, li-o de um só fôlego.
(...)
" Certo?
Certíssimo!
Salto da cama. Corro as velhas cortinas desbotadas e abro a janela. Ponho a cabeça de fora e ergo os olhos para o céu. Lá está ela, uma meia lua em tons borolentos, pendurada no céu. Que bom. Estamos ambos a olhar a mesma Lua do mesmo mundo. Estamos ligados à realidade através do mesmo fio. Só preciso de o ir puxando devagarinho para mim. Estico os dedos e ponho-me a olhar fixamente para a palma das mãos, à procura de sinais de sangue. Não encontro nada. Nem o cheiro a sangue, nem resquícios de sangue coagulado. Silenciosamente, sem ninguém dar por isso, deve ter sido absorvido"
"Sputnik meu amor", Haruki Murakami
edição casa das letras
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