quarta-feira, maio 04, 2005

o dom do azul


uma palavra some
como uma gaivota húmida toca o dom do azul ,
o ardor de não dizer.

eu peço a minha mãe que me diga
ainda a aurora,
que me diga
que a noite se devora
porque eu quero divagar na palavra
com uma infância grande, por viver.


mariagomes
maio.2005

3 comentários:

Anónimo disse...

Textos de uma grande, inefável sensibilidade e doçura. Tenho gostado muito. Parabéns.

Anónimo disse...

Maria, você não escreve, você plana no céu como nuvem e pousa na alma da gente como água da bica.Um abraço de arco-íris.

r.e. disse...

gosto muito de te ler. este texto está delicioso. beijo. j.

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Podes entrar ; tenho as mãos para dizer o disperso canto das águas. Os meus olhos, alagados pelo grito das árvores, são lúcidos ao início do sol. Com o amor das coisas, rejubilo e lanço os braços a um rodopio doce e futuro, a uma tempestade humana. Tudo o que eu espero é sentir o elo da criação que se move, entre mim e ti, e a claridade. ____________mariagomes
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